A
parábola
do bom samaritano foi dada para ilustrar o importantíssimo
mandamento da lei: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo". Nessa
importante parábola aprendemos que: 1º
Jesus nos ensina um importante princípio da ética humanitária: o próximo
pode ser uma pessoa inteiramente desconhecida; 2º
que o "próximo" pode
ser de uma raça diferente, e até mesmo rejeitada ou desprezada;
3º
o
"próximo pode ser pessoa de outra religião, até mesmo conhecida como
herética. "Próximo" não significa meramente a pessoa que mora por perto,
mas qualquer um com quem entremos em contato. Aprendemos, desde o Antigo
Testamento, que os cuidados de Deus por toda a humanidade devem
manifestar-se nas vidas de todos quantos são chamados "povo de Deus". Não
basta falar de Cristo; é necessário viver e agir como Cristo. Nossa
pregação deve ser a nossa vida, que deve tornar-se a imagem de Cristo.
Nossa relação com o nosso próximo deve seguir o exemplo de Cristo, que em
nenhum momento humilhou ou menosprezou pessoas. "Ninguém deve colocar
limitações no amor ao próximo, antes, pelo contrário, a pessoa deve querer
fazer o bem ao próximo quanto gosta de fazer o bem a si mesmo". Em Mateus
12:20 aprendemos que Jesus não humilha as pessoas, ao contrário, Ele
conserta vidas quebrantadas, levanta o ânimo dos abatidos, demonstrando
amor e misericórdia até mesmo para com os abandonados e excluídos pela
sociedade hipócrita e injusta que trata as pessoas pela aparência,
esquecendo-se que Deus "dá importância à disposição e caráter interiores
do ser humano"
(1º Samuel 16:16).
Outrossim, Jesus
mostra a ineficácia da religiosidade aparente. Nem o levita nem o
sacerdote, conhecedores da Palavra, demonstraram amor e misericórdia para
com o homem ferido. Porém, um samaritano, raça desprezada pelos judeus
teve a atitude de amor que a lei exigia. Em I João 4:20 lemos que se
alguém diz que ama a Deus mas odeia o seu próximo, esse é mentiroso, pois
quem não ama o seu próximo a quem vê, não pode amar a Deus a quem não vê.
Para Jesus não há fronteiras, nem raça, nem cor, nem crença, nem condição
social. Qualquer forma de discriminação é pecado que desagrada o bom Deus,
que não faz acepção de pessoas.
Reflita
sobre o seu passado e olhe o seu próximo com misericórdia e amor. O seu
olhar reflete o que vai no seu coração, e Deus o vê como ele realmente é.
Ele não julga pela aparência...
Rev. Enoc Teixeira
Wenceslau
Igreja Presbiteriana Unida da Penha -
RJ