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IMPRENSA MUNDIAL FALA DA CONQUISTA DE
VANDERLEI | CBAt
- Assessoria de Imprensa |
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30/8/2004, São Paulo - O caso de
Vanderlei Cordeiro de Lima já extrapolou
o meio esportivo. Nesta segunda-feira
30, um os jornais mais importantes do
mundo, o diário norte-americano "The New
Yok Times", dá na primeira página a
agressão sofrida pelo brasileiro no
domingo durante a maratona, última prova
dos Jogos de Atenas. "Além do jornal, as
redes de televisão também tratam do
assunto nos Estados Unidos", disse o
correspondente da CBN em Nova York.
Vanderlei liderava a prova, quando foi
agredido por um espectador irlandês, à
altura do km 37.
Por toda a
parte, a imprensa tratou do assunto. O
diário francês "L Equipe", de Paris,
chamou o episódio de "grotesco".
Contundentes foram os principais jornais
da Irlanda, País do agressor, o ex-padre
Cornelius Horan. "O homem que roubou o
ouro", foi a manchete do "Irish
Independent", referindo-se a Cornelius e
à possibilidade que o brasileiro tinha
de permanecer na primeira posição até o
final da prova.
Para o "Irish
Examiner", a agressão ao maratonista
brasileiro "cobriu de vergonha a
delegação irlandesa em Atenas". O jornal
ainda lembrou que o ex-padre é
recorrente neste tipo de infração: em
2003, durante o GP de Fórmula 1 em
Silverstone, na Grã-Bretanha, ele
invadiu a pista.
Na capital
grega, em anúncio conjunto do COB e da
CBAt, decidiu-se que a Missão Brasileira
nos Jogos de Atenas enviará uma carta ao
presidente da IAAF, o senegalês Lamine
Diack, pedindo que seja concedida também
a Vanderlei uma medalha de ouro. Segundo
Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB,
e Roberto Gesta de Melo, presidente da
CBAt, se o Brasil não for atendido,
então acontecerá o recurso ao CAS (Corte
de Arbitragem do Esporte), sediado na
Suíça e ligado ao COI. "Não se trata de
retirar a medalha do corredor italiano (Stefano
Baldini, que terminou em primeiro
lugar). Queremos apenas a mesma
classificação para o Vanderlei",
explicou Nuzman.
Para Gesta, ao
conceder ao brasileiro uma rara honraria
(a Medalha Pierre de Coubertin), o COI
admitiu o grande prejuízo sofrido pelo
brasileiro. A Medalha só foi concedida ,
antes, a um atleta, durante os Jogos de
Seul, em 1988, ao velejador austríaco
Herbert Raudaschl, que abandonou uma
regata para salvar uma pessoa que havia
caído no mar. O Comitê Olímpico
Internacional considerou o "alto
espírito olímpico" de Vanderlei, que
apesar da quebra de rítmo continuou na
prova, até completar os 42,195 km na
pista do Estádio Panatinaiko.
Vanderlei emocionou público, atletas e
até a imprensa, depois da prova, por sua
humildade e cavalheirismo. Sobre o
agressor, disse que não sentia raiva:
"Minha alegria por ganhar uma medalha
olímpica é maior que a raiva que poderia
sentir".
Ele volta ao Brasil com
os demais integrantes da equipe de
atletismo. O desembarque está previsto
para as 5:30 desta quarta-feira (dia 1),
em vôo da Swiss Air, no Aeroporto de
Guarulhos (SP). "Depois, ele irá
diretamente para o Aeroporto de
Congonhas. Vai para o Paraná, quer ficar
um pouco com a família", disse o chefe
da equipe, Martinho Santos, por
telefone, de Atenas.
Vanderlei,
atleta da BM&F, treinado por Ricardo D
Angelo, passou 2 meses, antes dos Jogos,
treinando em altitude, na cidade de
Paipa, na Colômbia. Foi diretamente para
Atenas, onde chegou no último dia 25.
As passagens aéreas e a ajuda de custos
ao atleta foram bancadas pela CBAt. O
presidente da Confederação ainda
anunciou que Vanderlei receberá o prêmio
integral reservado ao ganhador da
medalha de ouro (R$ 10 mil). Além disso,
independente dos recursos às instâncias
internacionais, a CBAt mandará cunhar
uma medalha em ouro para Vanderlei. |
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