EDITORIAIS


Repassando, RDF
Subject: Urna eletrônica - você confia?

Caros(as) amigos(as),

A Lei 10.740/03 que torna nossas eleições inauditáveis foi aprovada em 1º de outubro de 2003 na Câmara, na calada da noite, sem qualquer discussão técnica, tal como o TSE recomendou, e foi sancionada minutos depois. Mas a luta continua, com redobrado vigor. Agradecemos a colaboração e vamos continuar colhendo assinaturas aqui (http://www.votoseguro.com/alertaprofessores). Você, que se preocupa com a lisura das eleições, divulgue o Manifesto, promova palestras em sua faculdade, em seu local de trabalho e obtenha mais adesões. Se necessitar de auxílio, clique aqui.


Leiam o manifesto e a matéria abaixo, pois, o que está em jogo é a nossa tão almejada democracia!

Cordialmente,

 Felipe Dornellas
 Presidente do PFL Jovem do Recife/PE
 Presidente da Comissão Jurídica do PFL Jovem Nacional
 Monitor da Escola Nacional de Política da FGV/ITN
 Recife - Pernambuco - Brasil
 (5581) 9151.8952
 (5581) 3421.5187
 felipedornellas@hotlink.com.br

ESPECIAL

Cientistas e professores Brasileiros relançam Manifesto Contra Insegurança da Urna Eletrônica

Aldo Novak, editor, do Relatório Alfa.

Editorial

Urnas eletrônicas "100% brasileiras"?

Os comerciais de TV da Justiça Eleitoral, afirmando que as urnas eletrônicas usadas nas eleições do país são "100%" brasileiras é um dos maiores absurdos que já vi. O governo federal deveria ser processado com base no código de defesa do consumidor.

Mentira deslavada, elas tem o software básico "extremamente confiável" Windows (até onde sei, a Microsoft é americana) e o aplicativo das 75 mil urnas compradas este ano feito pela Procomp, empresa que pertence a americana Diebold, esta fundada em 1859 em Cincinnati, Ohio. Talvez haja uma cidade brasileira chamada Cincinnati e um Estado de Ohio, que eu desconheça.

A Diebold (na verdade, sua subsidiária Diebold Election Systems, Inc) é a mesma empresa que hoje, dia 11 de outubro, publicou um press release garantindo que não terá perdas financeiras, devido ao decreto do governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, que proibiu o uso de urnas eletrônicas que não tenham voto impresso, para evitar fraudes. As próximas eleições americanas, em 2006, terão que ter uma impressora de votos que serão vistos pelo eleitor e usados em uma possível recontagem. Pior. De acordo com um estudo feito pelas Universidades americanas Johns Hopkins e Rice, em 2003, qualquer hacker esperto poderia quebrar os códigos do sistema da Diebold e provocar votos múltiplos.

Os pesquisadores descobriram que é teoricamente possível inserir "back doors" dentro do software de forma que os hackers (ou pessoal interno) pudessem mudar as escolhas futuras de eleitores, provocando resultados que desejarem. Há mais informações neste comunicado a imprensa (http://www.jhu.edu/news_info/news/home03/jul03/rubin.html) distribuido pela Johns Hopkins University sobre as máquinas feitas pela Diebold.

Não é apenas isso. A Advocacia Geral da Califórnia, por meio do advogado Bill Lockyer, informou, dia 7 do mês passado, que o governo da California vai processar a fabricante de urnas eletrônicas Diebold Inc. por ter "fraudado o Estado da Califórnia, ao fazer falsas afirmativas sobre seus produtos"

Os investigadores do governo da Califórnia, pediram uma investigação criminal contra a Diebold. O Vice Presidente da empresa, Thomas Swidarski, disse que tudo isso é bom, porque provará que a Diebold é confiável.

Esta é a mesma empresa responsável pelas 75 mil urnas brasileiras. Aquelas 100% brasileiras. Digo, 100% montadas no Brasil.

A Procomp vai dizer que as máquinas no Brasil são diferentes. E são. Quer dizer que são melhores do que as americanas? Mais confiáveis? Você responde, leitor. Elas são montadas no Brasil, segundo especificações do TSE, claro. Muitos materiais são comprados no Brasil. Mas o software é feito sobre o Windows. E o aplicativo? O programa que roda nas máquinas? o cérebro? ele é feito por uma empresa pertencente a outra, americana. Pouco importa que esteja dentro do Brasil, já que os reais proprietários estão fora. A placa mãe usa um chip da National/AMD de 200 MHz, memória RAM de 64 Mbytes e duas memórias flash com capacidade de 32 Mbytes. De onde? Do rio Araguáia?

Mas o mais inaceitável é que os votos não podem ser conferidos. Enquanto isso, a propaganda das urnas continua firme e forte, garantindo que são o supra sumo da democracia.

Repita uma mentira milhares de vezes e... você já sabe como isso termina.

Aldo Novak
Editor

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 Comunicado a Imprensa:
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 Matéria publicada sobre os problemas detactados nas urnas
 http://www.verifiedvoting.org/article.php?id=104

 Matéria publicada pela CBS
 
www.cbsnews.com/stories/2003/10/06/tech/main576672.shtml

 Califórnia conta Diebold
 www.verifiedvoting.org/article.php?id=2671

Texto publicado pela Reuters (foi retirado pela empresa.
Desconhecemos o motivo).
 
http://www.reuters.com/newsArticle.jhtml?type=technologyNews&storyID=61
72995
 a.. EUA: Verified Voting
 b.. EUA: The Petition Site
 c.. Europa: The free e-democracy project
 d.. Bélgica: Pour une Ethique du Vote Automatisé
 

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