EDITORIAIS


GENTE DE BEM NÃO TEM ARMA. PLANTE ESSA IDÉIA!

Contatos: 9985-1601 (Valéria); 9619-3621 (Kléber)

Campanha Primavera da Paz - Gente de bem não se arma. Plante essa idéia. Uma oportunidade para que a cidade aprofunde o debate sobre a violência, a paz e o desarmamento.

A participação de todos representa a esperança de mudanças. Com o poder de multiplicação de cada pessoa que participar, será possível resgatar os sentimentos de solidariedade e amor à vida e de caminhar em direção à paz e à segurança que todos buscamos.

Por que a campanha Primavera da Paz?

A população está assustada com os índices crescentes de violência e exige segurança. Os números mostram a que ponto chegou o nosso país. Levantamentos da Organização das Nações Unidas e das Secretarias de Segurança Pública do Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal apontam dados assustadores:

* No Brasil, a cada 13 minutos, uma pessoa é assassinada.

* Em cada dez homicídios, nove são praticados com armas de fogo.

* No Distrito Federal, a cada 18 horas, uma pessoa morre vítima de arma de fogo.

* Em cada dois jovens que morrem no país, um foi vítima de violência.

* Os jovens de qualquer classe social são os mais expostos aos riscos da arma de fogo. As pesquisas mostram que um jovem brasileiro tem 4,5 vezes mais chances de morrer vítima de violência do que o restante da população.

* Um cidadão armado tem 57% mais chance de ser assassinado do que os que
andam desarmados.

* No DF, as apreensões de armas com jovens mostram que o problema não se
restringe às classes mais pobres e envolve, também, as classes média e
rica.

E mais:

* Cresce o número de crianças, jovens e adultos vítimas de formas de violência que envolvem outros tipos de armas - como as próprias mãos, que matam por socos e espancamentos, e a força do volante, que está fazendo aumentar, de forma inaceitável, o número de mortes por atropelamento, em todo o DF.

* Cresce o número de jovens portando armas. A crescente facilidade de adquirir armas está diretamente associada ao aumento da criminalidade. É preciso lutar contra o comércio de armas em nosso país.

O que representam todos esses dados?

Para nós, do Comitê Nacional de Vítimas da Violência, representam a dor da perda de filhos, irmãos, amigos; o caminho sem volta da saudade que dói mais a cada dia que passa; o sentimento de não desejar que outras famílias sintam a dor que nos tem levado a fazer essas campanhas.

Para quem ainda não sofreu a dor da perda por violência, representa a necessidade de lutar para não tenhamos mais vítimas.

O que é o Comitê Nacional de Vítimas da Violência

O Comitê Nacional de Vítimas da Violência tem sede em Brasília e reúne entidades, familiares e amigos de pessoas vitimadas pela violência no Distrito Federal e em vários estados brasileiros, atuando com o apoio de cidadãos e empresas.

Tem como objetivos principais dar assistência e apoio psicológico e jurídico às famílias das vítimas; desenvolver campanhas preventivas e educativas de combate à violência; defender medidas e projetos de lei que contribuam para assegurar justiça, paz e segurança à população; defender e propor políticas públicas e projetos de fortalecimento e defesa das instituições públicas de defesa do cidadão e da sociedade; e propor políticas públicas e ações destinadas a promover o desenvolvimento da cultura da paz.

As tragédias vividas pelos membros do Comitê tecem um painel da violência no Brasil, hoje. Os assassinatos são cometidos por criminosos pertencentes indistintamente a todas as classes sociais e de faixas etárias variadas, que agem tanto à noite quanto à luz do dia em lugares públicos e se utilizam de quaisquer instrumentos para consumar os crimes -
da arma de fogo às próprias mãos.

Com base no acompanhamento desses casos e de outros, semelhantes, que vieram se sucedendo, no permanente crescimento dos índices de violência e nas discussões realizadas pelo grupo com representantes da comunidade, o Comitê concluiu que a violência está enraizada na impunidade e é gerada e alimentada por causas diversificadas, e por isso nenhuma medida isolada será capaz de contê-la. Tem de ser combatida por meio de ações conjuntas.

O Comitê defende a substituição da cultura da violência pela cultura da paz.

Algumas ações desenvolvidas:

* Campanha "Basta", com veiculação de cartazes e palestras/1999.

* Manifesto agosto/2000: propostas de medidas de combate à violência

* I Caravana das Mães contra as Armas e a Violência - Brasília, novembro/2000

* Entrega de proposta de pauta mínima de ações de combate à violência ao Congresso Nacional e ao Ministro da Justiça/novembro 2000.

* Árvore da Paz: Conjunto Nacional, com fotos de vítimas da violência e mensagens de paz/dez.2000

* Palestras em instituições de ensino e outras.

Uma das prioridades traçadas pelo Comitê para este segundo semestre é a atuação junto às escolas, para colaborar no projeto comum de substituição da cultura da violência pela cultura da paz e da solidariedade. Ficamos à disposição para a troca de informações, de sugestões, novas idéias e propostas.

Estamos em sede provisória, na SCLN 107, bl. B, sala 214, no horário de 10 às 12h. Fone: 340-4079; fax: 273-2853. Ou, de 19 às 20h, no fone 443-9675. Agradecendo a atenção, contamos com a participação de todos.

Valéria de Velasco Francisco Régis Kléber Ranieri

Coordenadores

Comitê Nacional de Vítimas da Violência valeria.velasco@apis.com.br (9985-1601) Fax: 61-273 2853 contato@regisimagem.com.br; 443-9675; 9975-1047
 

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